Lá vem ela, Joana d’Arc. E já estava guerreando.

Lá vem ela, Joana d’Arc. E já estava guerreando.

Lá vem ela, Joana d’Arc. E já estava guerreando.

autoras : Sariza Oliveira Caetano
e Valdeci Pereira Reis
lançamento : 2021
gênero : biografia
idioma : português
formato : 12 x 17 cm
tiragem : 100 exemplares
páginas : 69
ISBN : 978-65-991857-4-8
revisão e edição : Maíra Vale
projeto gráfico e diagramação : Deisiane Barbosa
encadernação : Luana Oliveira


Lá vem ela, Joana d’Arc. E já estava guerreando conta a vida de Valdeci, dirigente de um dos terreiros de umbanda mais antigos e conhecidos de Araguaína – TO, a Tenda Espírita Umbandista Santa Joana d’Arc. Esse livro é fruto de pesquisa realizada por Sariza Oliveira Caetano, desde 2011, e contou com inúmeras conversas, observações, acessos a fotografias e documentos pessoais da dirigente. Se a pesquisadora narra através da tinta e das letras, foi porque Dona Valdeci lembrou e narrou sua história. É por essa parceria que a obra se faz escrita à duas mãos que digitam, mas duas cabeças e dois corações.

A maioria das conversas que possibilitaram o livro, aconteceu na varanda arejada da casa de Dona Valdeci, entre goles de café e pedaços de bolo, pausas para benzimentos, atendimentos outros, e cuidados com os netos e com o esposo. Ali ela narrou sua infância arteira e seus primeiros contatos com o universo afrorreligioso. Sua juventude de atribulações e mediunidade em desenvolvimento. E sua vida adulta cheia de encantamentos, responsabilidades, provações e muito trabalho como dirigente umbandista.

Nascida no Maranhão, dona Valdeci passou por algumas cidades do antigo Norte goiano, atual Tocantins, e se relacionou através do plano espiritual ou material com dirigentes do Pará e de seu estado natal, antes de se fixar em Araguaína, no Tocantins. Sua história, nesse sentido, retrata de forma micro a história desse norte que é marcada por tantas idas e vindas de pessoas, sonhos, culturas, objetos, e por tantas conexões, balsas, pontes, rios e estradas.

Assim, ao contar as relações estabelecidas por Dona Valdeci com os lugares pelos quais ela passou e com as pessoas que conheceu, procura-se destacar como se construiu sua vida afrorreligiosa. Veremos que não foi fácil, como já tinha dito a encantada princesa Mariana para a criança Valdeci. Foi pelejando, lutando e guerreando que Valdeci conseguiu, após 45 anos, ainda ter seu salão aberto e seus trabalhos ativos. Tudo isso só reforça que a comparação estabelecida por seu pai, seu Raimundo, entre Valdeci e a Santa Joana d’Arc, a santa guerreira, não era mera coincidência.

~

adquira o livro físico com a autora: escreva para sarizacaetano@gmail.com