‘quando o mundo despedaça em poesia’ reúne vários gestos de desfazimentos e refeituras ~ teimoso alinhavo à base de palavra. ali há sempre um corpo que dança, escreve, deságua, venta, colore, renova, encrespa, ama; há sempre um movimento que insiste na remontagem feito água-mole-em-pedra-dura.

neste apanhado de poemas, escritos desde o início da pandemia de covid-19, em 2020, Carla Dantas ( @vaziodepoesia ) realiza incessantes atravessamentos; integra ciclos de plantios, germinações, colheitas, mortes, e segue espiralando.

‘essa é uma grafia preta, afiada com minhas histórias permeadas por delicadezas e enfrentamentos, dor, saudade, amor, dança, silêncios e um corpo em travessia’: é assim que ela escreve no texto convite que abre as páginas do seu primeiro livro, culminando seus 10 anos de atividade poética.

‘a cumeeira deste livro são os poemas pretos’, ela diz. afinal, esse é um ponto central da sua existência mulher negra, e reverbera, implícita ou explicitamente, em cada verso; assim como em suas outras atividades, seja na sala de aula, na prática de yoga, seja noutros jeitos seus de fazer poesia.

para adquirir um exemplar, faça contato com a autora através do instagram @vaziodepoesia ou e-mail carlabdantas@yahoo.com.br